Recebi esta mensagem e achei um barato:
Na época da ditadura, podíamos acelerar nossos Mavericks acima dos 120
km/h sem a delação dos radares, gasolina azul de boa qualidade e com
preços de dar risada…Mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem
que isso constituísse crime ambiental…Mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco
de sermos jogados à vala da delinqüência…Mas não podíamos falar mal do presidente.
Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (“ei
negão”), credos (“esse crente aí”) ou preferências sexuais (“fala sua
bicha”) e não éramos processados por isso…Mas não podíamos falar mal do presidente.
Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em
razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro
e a coluna que separa a chapa…Mas não podíamos falar mal do presidente.
Podia-se cantar a garota do Contas a Pagar ou a recepcionista sem
medo de sofrer processo judicial por assédio…Mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos andar a pé pelas ruas à noite, sem o risco de sermos
assaltados ou mortos por gangues…Mas não podíamos falar mal do presidente.
Já na atual democracia, a única coisa que podemos fazer é
FALAR MAL DO PRESIDENTE